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Corredores de comércio marítimo (petróleo, cereais, químicos, e mercadoria geral)
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Trotes e motes - Titanopólio 2009
Foi por mero formalismo que a directoria de Titanopólio ouviu Tio Mário e Xilobeni King.
E foi também sem qualquer convicção que Tio Mário continuou a alegar force majeure em Kwale (Quénia), confirmando indicações de que, muito em breve, os estábulos canadianos oficializariam a sua desistência da corrida - permanecia irresolúvel o conflito com as comunidades locais a propósito da expropriação de ancestrais terras.
Quem também não queria nada a ver com mais trotes titaníferos era a comunidade das prístinas reservas de Pondoland (África do Sul) que, após ter sido escandalosamente aldrabada por uma gang de batoteiros locais, decidiu passar à luta em prol da conservação das suas terras, estuários e rios.
E tão grande foi a mobilização comunitária que, para evitar anunciadas violências, em Setembro 2008 as autoridades equestres se viram forçadas a, mais uma vez, adiar a partida de Xilobeni King.
Rapidamente constatada a irrelevância mineira destes dois estábulos, a directoria da corrida deu espaço a Lilly Billigton para que a mula perorasse sobre os seus índicos desígnios titaníferos.
Com um relinchar já muito arfante, a matrona começou por tentar vender a ideia de que os pastos de Chibuto lhe haviam sido impingidos aquando duma aquisição de cobre e urânio na Austrália - uma cangocha que pouco efeito surtiu, mesmo após ela ter referido que as terras e licenças de Chibuto, embora titanicamente valiosas, eram apenas uma indesejável e secundária parte do espólio down under.
Manhosamente magnânima, Lilly Billigton, como que para demonstrar o seu crescente desinteresse pelo Titanopólio, anunciou ter até oferecido uma put option a Rio Tonto no que lhe restou de estábulos após o recente Indian Ocean Empowerment em Richards Bay (África do Sul).
Mula, como sempre, Lilly Billigton também nada disse sobre a expansão e modernização tecnológica dos seus estábulos sul-africanos que, agora com muito mais produtividade e anos de vida, naturalmente retardam qualquer trote titanífero no Chibuto.
Mas a directoria Titanopólio rapidamente pressentiu a tramóia, e, de imediato chicoteou a égua, castigando-a pela falsa incapacidade tecnológica que ela pretendia insinuar nos jazigos de Chibuto.
Em tom crescentemente severo, a direcção da corrida exigiu ainda que Lilly Billigton esclarecesse as teias do seu contínuo assédio a Rio Tonto. De facto, eram insistentes os rumores sugerindo que, mais do que uns pinotes com este toy-horse, a balzaquiana pretendia era apoderar-se de todos os estábulos Rio Tonto, e assim monopolizar o Titanopólio num golpe de pinças perfeito: com um único coice, a mula passaria a dominar os melhores pastos do titânio Índico (Madagáscar, Chibuto, Quissico e Richards Bay).
Depois de muito coçar a crina, Lilly Billigton invocou uma aguda cólica menopáusica e, pesadamente, prostrou-se sobre um capim pejado de apostadores que lhe exigiam absoluto silêncio – se mula entrou, mula sairia.
Mas, perfeitamente cientes de que, ao contrário da realidade, a ficção tem que ser perfeita, os comissários Titanopólio optaram por não dar muito mais trela à mula – entre eles, havia poucas dúvidas de que, em breve, Lilly Billigton, e agora dopada pelo melhor balanço mineiro, voltaria ao caramelo que Rio Tonto é – por muito ginseng que quisessem pôr na ração.
Entretanto, já com a etapa praticamente no papo, o cavalito de Moma - uma peça-chave na análise de riscos da tempestade em formação – relinchou alegremente quando entrou na sala de audiências.
josé lopes
abril 2009
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Disclaimer embora em Titanopólio os vectores do jogo possam ser fortemente influenciados pelas decisões dos imperadores do titânio – e por isso mesmo há sempre dicas importantes a reter nos links públicos – eu aqui garanto que é pura coincidência qualquer semelhança entre os cavalos e as seguintes empresas: BHP Billiton, Rio Tinto, Kenmare, Tiomin, Anglo-American, Mineral Commodities, etc. |
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